Bento Gonçalves

Carlos Barbosa e Bento Gonçalves aparecem no topo do ranking do Idese

Carlos Barbosa e Bento Gonçalves aparecem no topo do ranking do Idese


As cidades serranas dominam o ranking do Índice de Desenvolvimento Socioeconômico (Idese) divulgado nesta quarta-feira, dia 7, na sede da Fundação de Economia e Estatística (FEE) do estado do Rio Grande do Sul em Porto Alegre. Os dados são referentes ao ano de 2014.

No ranking geral das cidades, cinco municípios da serra estão entre as 10 melhores colocadas. São elas: Carlos Barbosa (1º com 0,892), Nova Bassano (2º com 0,867), Garibaldi (7º com 0,854), Veranópolis (9º com 0,852) e Bento Gonçalves (10º com 0,846).

No ranking dos municípios com mais de 100 mil habitantes, Bento Gonçalves lidera com 0,846, seguida de Erechim (0,825), Santa Cruz do Sul, em terceiro com 0,821, Porto Alegre na quarta colocação (0,819) e Caxias do Sul, em quinto lugar (0,817).

Em um aspecto geral, o Rio Grande do Sul cresceu 1,4% no Idese em relação ao levantamento de 2013, somando em 2014 o índice de 0,757.

Os níveis são considerados alto a partir 0,800, médio, entre 0,500 e 0,799, e baixo, com números abaixo de 0,499.

Equipe técnica da FEE apresentou os números do Idese 2014 nesta manhã de quarta-feira, dia 7, em sua sede em Porto Alegre. (Foto: Fabiano Brasil)

O Índice de Desenvolvimento Socioeconômico (Idese) do Rio Grande do Sul cresceu 1,4% entre 2013 e 2014, atingindo 0,757 em 2014 (0,747 em 2013). O Estado apresenta nível médio de desenvolvimento socioeconômico, considerando a demarcação dos níveis em alto (maior ou igual a 0,800), médio (entre 0,500 e 0,799) e baixo (abaixo de 0,499). Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (7), pelo Núcleo de Indicadores Sociais da Fundação de Economia e Estatística.

O Idese é um indicador-síntese que tem o propósito de mensurar o nível de desenvolvimento dos municípios do Rio Grande do Sul, bem como fornecer informações para políticas públicas específicas, de acordo com as necessidades municipais. O Idese é composto por 12 indicadores, divididos em três blocos: Educação, Renda e Saúde.

O bloco Educação foi o que obteve maior aumento (2,6% em relação a 2013), com índice de 0,697 em 2014. Assim como ano anterior, destaca-se o aumento no indicador da pré-escola (faixa etária de quatro a cinco anos de idade), que, de 0,527 em 2007, atingiu o índice de 0,741 em 2014. Segundo Thomas Hyeono Kang, economista do Centro de Indicadores Econômicos Socias da FEE, “a provável explicação para esse crescimento é o recente foco das políticas na área da educação infantil”.

O Bloco Renda atingiu 0,763 em 2014, com aumento de 1,3% em relação ao ano anterior (0,753). O índice analisa a apropriação de renda (renda domiciliar per capita média) e a geração de renda (Produto Interno Bruto – PIB per capita), sendo o índice final do Bloco Renda a média aritmética dos dois sub-blocos.  A apropriação de renda passou de 0,779 em 2013 para 0,801 em 2014, e a geração de renda, por sua vez, apresentou ligeira queda, resultado das condições das economias gaúcha e brasileira (0,726 em 2013, 0,724 em 2014).

Já o Bloco Saúde tem apresentado comportamento relativamente estável no tempo. Em 2013, o bloco já tinha registrado índice de 0,809, passando para 0,813 em 2014. O índice do bloco mostra tendência constante de elevação ao longo do tempo, ainda que lenta: desde 2007, o crescimento acumulado foi de 2,7%. “A maioria dos indicadores do Bloco Saúde refere-se à mortalidade. Essas estatísticas, geralmente favoráveis para o RS, explicam o seu bom desempenho. De um ano para o outro, não se espera que haja grandes variações, já que muitos indicadores são obtidos por meio de médias trienais”, analisa Kang.

 

O Idese acumulado no Rio Grande do Sul desde o ano de 2007 chega a 8,5%, com um aumento médio de 1,2% a.a.